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Arquivos mensais: Outubro 2007

Sozinho

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Às vezes, no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado, juntando
o antes, o agora e o depois
por que você me deixa tão solto?
por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho!

Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho meus segredos e planos secretos
só abro pra você mais ninguém
por que você me esquece e some?
e se eu me interessar por alguém?
e se ela, de repente, me ganha?

Quando a gente gosta
é claro que a gente cuida
fala que me ama
só que é da boca pra fora
ou você me engana
ou não está madura
onde está você agora?

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Publicado por em Outubro 28, 2007 em Caetano Veloso

 

Si tu me amaras

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Si tu me amaras,
volvería de nuevo a nacer,
descubriría mi alma un nuevo amanecer,
mi corazón cansado por fin tendría un hogar,
habría mil motivos para despertar, para continuar.

Si tu me amaras,
mi pasado estaría de mas,
mi vida empezaría al verte llegar,
renunciaría a todo sin culpabilidad,
por ti yo mataría,
por ti me moriría.

Si tu me amaras,
Te haría sentir,
que yo soy digno de ti,
que eres lo único,
que importa para mi.
Si tu me amaras,
detendría el tiempo,
para darte amor eterno con afán
si tu me amaras.

Si tu me amaras,
no me haría falta nada más,
reflejarías en tus ojos mi seguridad,
contigo lo imposible se haría realidad,
por ti yo mataría,
por ti me moriría.

Si tu me amaras,
Te haría sentir,
que yo soy digno de ti,
que eres lo único,
que importa para mi.
Si tu me amaras,
detendría el tiempo,
para darte amar eterno con afán
si tu me amaras.

Si tu me amaras,
detendría el tiempo,
para darte amar eterno con afán,
con toda el alma.

Revelarias mis anhelos,
mis manos, tocarian el cielo,
tu risa estaría en
en mis logros y fracasos,
toda mi vida, te adoraría,
si tu me amaras

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Publicado por em Outubro 27, 2007 em Cristian Castro

 

Soneto de amor

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Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma… Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas…
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua…, – unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois… – abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada…
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

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Publicado por em Outubro 26, 2007 em José Régio

 

Quem Sabe um Dia

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Quem Sabe um Dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!

Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!

Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois

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Publicado por em Outubro 24, 2007 em Mário Quintana

 

Canção do dia de sempre

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Tão bom viver dia a dia…
A vida assim, jamais cansa…

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu…

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência… esperança…

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas…

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Publicado por em Outubro 22, 2007 em Mário Quintana

 

De esperas construímos o amor intenso e súbito

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De esperas construímos o amor intenso e súbito
que encheu as tuas mãos de sol e a tua boca de beijos.
Em estranhos desencontros nos amamos.
Havia o rio mas sempre ficávamos na margem.
Eu tocava o teu peito e os teus olhos e, nas minhas mãos,
a tarde projectava as suas grandes sombras
enquanto as gaivotas disputavam sobre a água
talvez um peixe inquieto, algo que nunca pudemos ver.
As nossas bocas procuravam-se sempre, ávidas e macias
E por muito tempo permaneciam assim, unidas,
machucando-se, torturando as nossas línguas quase enlouquecidas.
Depois olhávamo-nos nos olhos.
No mais profundo silêncio.
E, sem palavras,partíamos com as mãos docemente amarradas
e os corações estoirando uma alegria breve
Quando a noite descia apaixonada
Como o longo beijo da nossas despedida.

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Publicado por em Outubro 14, 2007 em Joaquim Pessoa

 

Se ao menos soubesses tudo o que eu não disse

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Se ao menos soubesses tudo o que eu não disse
ou se ao menos me desses as mãos como quem beija
e não partisses, assim, empurrando o vento
com o coração aflito, sufocado de segredos;
se ao menos percebesses que eram nossos
todos os bancos de todos os jardins;
se ao menos guardasses nos teus gestos essa bandeira de lirismo
que ambos empunhámos na cidade clandestina

Quando as manhãs cheiravam a óleo e a flores
e o inverno espreitava ainda nas esquinas como uma criança tremendo;
se ao menos tivesses levado as minhas mãos para tocar os teus dedos
para guardar o teu corpo;
se ao menos tivesses quebrado o riso frio dos espelhos
onde o teu rosto se esconde no meu rosto
e a minha boca lembra a tua despedida,
talvez que, hoje, meu amor, eu pudesse esquecer
essa cor perdida nos teus olhos.

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Publicado por em Outubro 4, 2007 em Joaquim Pessoa

 

Dorme, meu amor

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Dorme, meu amor, que o mundo já viu morrer mais
este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega – o pior já passou
há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão
desvia os passos do medo. Dorme, meu amor –

a morte está deitada sob o lençol da terra onde nasceste
e pode levantar-se como um pássaro assim que
adormeceres, mas nada temas; as suas asas de sombra
não hão-de derrubar-me – eu já morri muitas vezes
e é ainda da vida que tenho mais medo. Fecha os olhos

agora e sossega – a porta está trancada; e os fantasmas
da casa que o jardim devorou andam perdidos
nas brumas que lancei no caminho. Por isso, dorme,

meu amor, larga a tristeza à porta do meu corpo e
nada temas: eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão, já
olhei a morte debruçada nos espelhos e estou aqui,
de guarda aos pesadelos – a noite é um poema
que conheço de cor e vou contar-to até adormeceres.

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Publicado por em Outubro 1, 2007 em Maria do Rosário Pedreira